tag:blogger.com,1999:blog-36771976211906627742024-03-13T12:07:31.266-03:00O segundo clãKleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-3678162124846346192011-04-01T16:41:00.000-03:002011-04-01T16:41:51.647-03:00Capítulo 6 Ansiosos por esta sexta-feira?<br />
Hoje trago a vocês o Sexto capítulo de O Segundo Clã.<br />
Também trago uma novidade. Há umas semanas atrás gravei uma entrevista para minha parceira Camila Soares. Eis aqui o vídeo em primeira mão para vocês — Espero que ela não se importe!<br />
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Agora, confira o sexto capítulo de O Segundo Clã. Não se esqueça de curtir nossa página no facebook, ao final de sua leitura!<br />
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<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Walter Turncoat"; font-size: 20pt; line-height: 150%;">[Capítulo 6]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Apesar de pequena, a gota de sangue era nítida a todos. Demian e Tom a observavam, enquanto Talita e Mia olhavam para Juliana que se apoiava no portão. Mia já tinha ciência de que aquilo aconteceria cedo ou tarde, e sabia também que Talita, de alguma forma também tinha esse conhecimento. Naquele instante foi possível ouvir que Juliana estava Vomitando. Mia se apressou a chamar Demian para ajuda-la a socorrer a garota. Tom e Talita também foram.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Juliana havia vomitado sangue. Sua garganta ardia e seu nariz escorria sangue. Ela estava apavorada, mas Demian tentava acalmá-la. Ou pelo menos tentava, pedindo. Mia precisava que todos vissem aquilo. Ela sabia que não iria demorar para que acontecesse, só não sabia com quem aconteceria.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Tenho certeza que em algum momento passou pela cabeça de vocês que são fortes. Ainda acham que são? — Mia disse isso sem mesmo olhar para os outros. Apenas continuou abaixada ao lado de Juliana com a mão em seu ombro. E continuou. — Isso aqui é uma demonstração do quão mais fracos todos nós estamos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Talvez alguém, naquele momento, quisesse dizer alguma coisa. Questionar esse comentário de Mia, ou ao menos entender o porque que aquilo aconteceu. Aquilo parecia ser o mais sensato a se fazer. Mas por algum insano motivo, todos eles já entendiam que iriam passar pelo mesmo, e que, por um motivo mais insano ainda, isso estava diretamente vinculado aos seus “poderes”.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ainda era estranho pensar em tudo aquilo. Quando crianças todos pensavam ser super-heróis. Imaginavam-se voando, com roupas estranhas e muito famosos. Adorados pela população de uma cidade inteira e extremamente fortes. E claro, sempre com sua capa. Combater o mal com a certeza de que no final a vitória seria garantida. Talvez em um futuro próximo ganhassem um filme nos cinemas, ou tivessem uma biografia publicada por alguma grande editora. O sonho de toda criança ou adolescente que teve uma infância bem vivida. Mas ao invés disso, ali estavam eles diante de uma realidade completamente diferente do que outrora sonharam.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Isso acontece quando seus... Poderes... — Houve uma pausa e Mia pigarreou. Talvez ainda não se sentisse a vontade dizendo esta palavra. Ainda lhe era utopia demais. — São usados de forma extrema. Vocês acabaram de “nascer”, seus corpos não tem força suficiente para aguentar o que acontece com... Isto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Talita a observava com certa repulsa mais ao mesmo tempo com atenção. Juliana já se sentia bem, e Demian agora estava de pé, ao lado de Tom e Talita.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — E quanto a você? — Perguntou Demian, receoso.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Eu sou a mais desenvolvidas entre todos aqui presentes. — Seu coração acelerou, demonstrando que sabia que isso não era verdade. Felizmente ninguém mais percebeu. — Hoje meu corpo suporta muito mais os efeitos colaterais do que antes. Com o tempo, vocês também serão mais tolerantes, mas por enquanto, estão sujeitos a isso... — Mia olhou para o vômito de Juliana — E a coisas muito piores.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Tipo... — Tom encarou Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Para onde vamos agora? — Interrompeu Talita.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Para minha casa. — Respondeu Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Tom concordou e abaixou a cabeça. Aos seus pés havia um grande galho de árvore. Todos olharam para ele, enquanto abaixava e segurava aquele galho. Tom tentava entender o que tudo aquilo poderia significar. Para ele era estranho o fato de como “isso” funcionava. Ele podia segurar aquele galho com uma única mão, e não aconteceria nada, mas assim que desejasse, poderia tocar a outra ponta daquele galho de árvore e fazer com que ela entrasse em chamas imediatamente. E foi isso que ele fez.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Isso aqui não pode ser verdade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Depois de dizer isso, Tom esticou seu braço direito, que segurava o galho, e sem qualquer dificuldade, o galho inteiro começou a queimar. Agora sua dúvida havia sido sanada. Tom não era afetado por aquelas chamas. Juliana tentou se aproximar para “socorrer” Tom, mas Demian a impediu. Segurou seu ombro e acenou com a cabeça para que apenas observasse. Talita e Mia faziam o mesmo. Tom segurava o galho que ia se desfazendo, próximo de si, enquanto sua mão também estava em chamas. Tudo o que sentia era um intenso calor sobre sua pele e as chamas dançando sobre ela. Nada mais. Sem dor. Sem sangue. Ele apenas observava tudo. Decidiu que antes que algo parecido com o que aconteceu com Juliana, também ocorresse com ele. Deixou, então, apenas que o galho terminasse de queimar no chão. Depois de tudo, apenas estralou os dedos de suas mãos, e as guardou em seus bolsos do moletom que usava.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ventava forte no local. Mia começava a sentir frio e Demian cedeu seu abraço para ela. Talita os olhou e em seguida olhou a todos, talvez apenas a procura de um disfarce.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — E quanto a mim? — Sussurrou Demian para Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia o olhou, ainda abraçada com ele. Após alguns segundos, voltou a apoiar sua cabeça em seu peito. Permaneceu em silêncio por instantes e logo lhe respondeu.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Tudo em seu tempo, Demian... Tudo em seu tempo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia não mora longe de onde estavam anteriormente. Em poucos minutos estariam em sua casa. Andavam em dois grupos. Tom e Juliana, e não muitos passos à sua frente, Mia, Demian e Talita. Demian havia perguntado o por que de tudo aquilo, e a resposta que obteve foi a que menos desejava.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Eu não sei.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Desde quando você sabe de tudo isso?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Desde que aconteceu comigo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — E quando foi?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Acho que há um ano. Não me lembro bem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — E por que você nunca me contou?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Pelo mesmo motivo que você não contará a ninguém sobre isso agora.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Um silêncio rápido pairou entre os três. Talita, apesar de estar ali, apenas escutava sem dizer ao menos uma palavra. Tom e Juliana aproveitavam para se conhecer. Apesar da garota ser bonita, não havia uma atração, ainda. Pelo menos não era possível haver alguma, em um momento como aquele.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Todos precisavam de descanso. Se houvesse um relógio ali, estaria marcando quase 03h00 da manhã. Agora era tempo de perguntas e ela sabia! Por esse motivo estava levando todos para sua casa. Algumas coisas precisavam ser mostradas a eles. Poucas conversas se iniciaram durante o trajeto, todas elas apenas a nível de curiosidade sobre quem eram todos eles. Entre uma e outra, o silêncio acobertava-os da noite.</div><br />
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Uma nova sexta-feira chegou e hoje deveria ter o 6° capítulo de <b>O Segundo Clã</b>, correto? Pois é, mas hoje não temos, porém, é por um<b> bom motivo</b>.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A partir desta semana, O Segundo Clã passa a ser um <b>projeto maior</b>. Não apenas um E-book, mas com a <b>possibilidade de se tornar um livro</b> realmente físico. Uma tiragem extremamente limitada, mas ainda assim, um livro.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O resultado não será algo imediato, infelizmente, mas é certo! Ainda não tenho o apoio de alguma editora, então por enquanto pretendo fazer <i>auto publicação</i> — O que explica o número limitado de livros. Todos os passos a partir de agora serão acompanhados por meus professores, pois a divulgação e a publicação é o tema para meu projeto de conclusão de curso. Obviamente não será algo fácil, e nem barato, mas esforços serão feitos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><b>Esse primeiro hiato será breve</b>. Devido ao início do projeto e a organização dos primeiros pontos. Mais para frente teremos um segundo hiato, e definitivo até a publicação — Quando a data se aproximar, eu irei avisá-los. <b>Semana que vem, o 6° capítulo estará no ar, na sexta-feira, como de costume, às 17h00</b>.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aproveito e agradeço desde já as minhas parceiras que tem me apoiado muito, e claro, a todos os leitores que acompanham desde o início o desenrolar desta história. Peço que continuem acompanhando e apoiando a mim e ao Henrique, pois estaremos nos esforçando mais ainda para que a história se torne fantástica.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em breve um novo<b> site, teaser, fotos, entrevistas</b> e <b>muitas novidades</b>.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O Segundo Clã apenas acabou de aparecer.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nos falamos em breve!</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><b>Kleberson C</b>. e <b>Henrique P.</b></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-70354941168828058232011-03-18T17:05:00.004-03:002011-03-24T12:28:49.600-03:00Capítulo 5<div style="text-align: justify;"> Uma nova sexta-feira, um novo capítulo e mais uma novidade. Na verdade, algumas novas novidades. Apresento-lhes o novo colaborador de <b>O Segundo Clã</b>.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEing1Kc8xUJ1Ok6vGogLXJYVto4h8aPpJrpMyv68tJY1q68e4L_psO0NZ6pP5QS3IcIkolkU7bG7ih9gBEdrlJUI0yPv8QOjhuRo-YSJ2OmZpZJ-IVbnmJb7I476wP3hpy0mM2FabGcZxI/s1600/Henrique3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEing1Kc8xUJ1Ok6vGogLXJYVto4h8aPpJrpMyv68tJY1q68e4L_psO0NZ6pP5QS3IcIkolkU7bG7ih9gBEdrlJUI0yPv8QOjhuRo-YSJ2OmZpZJ-IVbnmJb7I476wP3hpy0mM2FabGcZxI/s200/Henrique3.jpg" width="150" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"> Henrique Pereira.</div><div style="text-align: justify;"> Um grande amigo meu, que agora fará parte desta grande etapa de minha vida. 18 anos, também reside em São Bernardo do Campo. Cursa Ciência da Computação na FEI de São Bernardo. A partir de hoje ele estará me auxiliando nas postagens e adicionando novos textos à história. A página do Autor, aqui no blog foi atualizada. Clique <a href="http://osegundocla.blogspot.com/p/o-autor-e-o-livro.html" target="_blank">aqui</a> e confira. Seja bem vindo, Henrique.</div><br />
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</div><div style="text-align: justify;"> A outra novidade, é que esta semana gravei uma entrevista para minha mais nova parceira Camila Soares, do blog <a href="http://worldsofbooks.blogspot.com/" target="_blank">The World of books</a>. Muito em breve esta entrevista estará disponível no blog dela. Assim que estiver também disponibilizo para vocês. Obrigado, Camila.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Sem mais delongas, vamos ao <b>quinto capítulo</b> de <b>O Segundo Clã</b>. Não se esqueçam de curtir nossa página no facebook ao final de sua leitura.<br />
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<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Walter Turncoat"; font-size: 20pt; line-height: 150%;">[Capítulo 5]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Por algum motivo, Talita já havia percebido o que era capaz de fazer. Empolgou-se e deixou-se levar pelo impulso de saber até onde iria, apenas por capricho. Sem querer, descobriu que Mia desconfiava dela. Pensou que talvez pudesse já estar exagerando, mas logo afastou essa ideia da cabeça. Quis contar para Demian o que havia conseguido, mas não devia. Não ainda. Talvez ela tivesse planos para um futuro próximo, ou talvez ela apenas não desejasse contar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia não acordou. Permaneceu deitada e inconsciente, enquanto Demian e Talita a observavam. Demian se afastou e tateou a parede em busca de alguma coisa para ascender a luz do local. Se é que naquele maldito lugar havia eletricidade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Não acho nada nessa merda de lugar — Reclamou Demian para Talita.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Vá para perto do portão, lá deve ter algo!</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Demian foi. Talita deixou Mia no chão e cuidadosamente arrastava seu pé por onde pisava, na tentativa de limpar esses locais, e sentir os outros dois que ali estavam. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tom e Juliana</i>, pensou. Não demorou muito, Demian encontrou uma pequena alavanca. Quando acionada, ascendeu algumas poucas luzes que ainda funcionavam. Mais da metade estavam queimadas. Ainda assim, seus olhos rejeitaram a claridade imediata. Os dois abaixaram a cabeça para tentar se livrar daquele incomodo. Logo, Talita olhou ao seu redor, e encontrou os outros dois.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Quando Demian ia se aproximando, notou que Talita pareceu ter se machucado com algo. Correu em sua direção para ver se estava tudo bem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Está tudo bem?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Talita apontou para Tom, que estava suando. Demian tentou tocá-lo para acordá-lo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Mas que merda, ele está queimando. Isso é algum tipo de autocombustão? Ele está a ponto de pegar fogo!</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Então Talita começou a se lembrar de algumas coisas. Neste mesmo momento, rasgou a camiseta de Demian e colocou sobre a mão de Tom.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você enlouqueceu? Rasgou minha camiseta para isso? Ele está des...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Naquele instante, o pedaço de tecido começou a pegar fogo. A lavareda que nasceu foi grande e assustou Talita que, por impulso, acabou empurrando Demian para trás.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Ele faz as coisas pegarem fogo! — Talita estava séria quando falou isso, ainda que também desacreditasse tanto quando sobre ela mesma.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Certo. Onde estão as câmeras? Isso é algum tipo de pegadinha? Vou aparecer na televisão, é isso? VOCÊ ENLOUQUECEU? — Demian quase sentiu-se mal pelo tom de voz que usou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Coloque uma pedra na mão dele. — Talita pediu, mas Demian hesitou. — Agora!</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O rapaz o fez e esperou. Talita ainda que soubesse que não estava errada, prostrou-se ao seu lado e também aguardou. A pedra também pegou fogo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A garota se adiantou e chutou a mão do rapaz que, imediatamente abriu os olhos e acordou. Demian foi ajuda-lo e notou que sua temperatura já era amena. Apoiou o outro garoto em seu ombro e o ajudou a ficar de pé. Enquanto isso, Talita estava tentando acordar Juliana. Segurou o rosto da outra garota e delicadamente a despertou. Quando todos estavam de pé, Demian e Talita se entreolharam. Ela percebeu o quão atônito estava o rapaz, e não o julgou. Quis consolá-lo, mas não pode. Não se pode consolar quando se precisa ser consolado. Quis fazer com ele o mesmo que fizeram com Mia, instantes atrás. Mas não podia. Não devia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você quase se incinerou sozinho, cara. — Advertiu Demian, ao ainda desconhecido, Tom.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — O que está dizendo? Quem são vocês? — Questionou Tom, que parecia estar um tanto assustado.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Fique calmo, pois também não sabemos quem são vocês. Eu apenas conheço o Demian, que está ao seu lado. — Deixou alguns segundos para que os dois se olhassem — Meu nome é Talita. Agora quanto a vocês dois eu não f...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> De repente, Demian, Talita e Tom ouviram alguém correndo. Juliana, assustada, corria em direção ao portão. Seu coração batia forte, e seu medo havia a consumido por completo. Em um instante sentia a cada passo de sua corrida desenfreada em busca da liberdade, o peso de seu corpo apoiado em cada perna; Em outro, sentiu-se dentro de um buraco. Sua visão falhou e quando voltou, estava de frente com o grande portão, sem tempo ao menos para dizer a nobre palavra que chegou em sua cabeça, talvez até mesmo de forma incompleta. Seu corpo havia se teleportado até ali, em direção exata a um grande impacto com uma enorme chapa de aço, que era o grande portão. Seu corpo recebeu o impacto, e com isso fora arremessado para trás. Antes de atingir o chão, novamente sentiu-se completamente leve, sem peso algum, caindo infinitamente dentro de um enorme buraco. Imediatamente, após a segunda falha de sua visão, estava caída ao lado de Demian, Tom e Talita que se assustaram e se livraram da vontade de correr. Juliana imediatamente empurrou seu próprio corpo para longe deles, embora também quisesse ir para longe de si mesma.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Demian olhou para Talita e para o rapaz desconhecido ao seu lado, em busca de alguma resposta, mas descobriu que ambos também estavam a procura da mesma. Tom ainda tentou correr, mas Demian o segurou. Não sabia se estava pronto para ver algum outro tipo de portal do inferno fazendo isso com o garoto que talvez fosse o próprio fogo do Diabo. Ainda que atônito, manteve-se calmo. Ao menos visualmente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Juliana estava encostada em uma parede logo atrás deles, visivelmente abalada. Talita tentou se aproximar mas foi repelida pelo simples gesto apavorado da garota. Demian olhou para Mia, e notou que ela estava se mexendo. Correu para ajudar sua namorada. Quando chegou perto ouviu ela dizer algo. Sem entender, perguntou novamente e ela respondeu.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — A Juliana precisa pegar aquela chave.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Que chave?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — A que eu deixei do lado de fora. Ou ela pega, ou vamos ficar aqui até nos matarmos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Por que você deixou a chave lá fora? Será que todos aqui enlouqueceram?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Não enlouquecemos... Nos tornamos doentes.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — O quê?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia se livrou de Demian, e começou a andar em direção a Juliana. No momento em que ela saiu de seu lado, olhou para Talita e percebeu que ela o observava. Logo, ambos desviaram seus olhares. Demian, para o chão, e Talita para Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você precisa ir pegar aquela chave lá fora. — Disse Mia com autoridade demais.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Não acredito que o portão esteja aberto. — Respondeu Talita, por Juliana.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Lá fora — continuou Mia — tem apenas terra e pequenos arbustos. A iluminação é baixa, mas no controle existe um LED que fica piscando verde quando está perto do portão. Você vai pegar este controle e abrir o portão.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Como? — Respondeu Juliana, que por algum motivo, parecia mais calma.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Teleporte-se.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Houve silêncio. Apesar de a idéia ser absurda, nenhum deles discordava que ela conseguiria. Coisas absurdamente impossíveis aconteceram. Ninguém era capaz de criar dúvidas sobre mais nada. Nem mesmo a própria Juliana. A garota levantou-se e encarou Mia. Nada passou pela cabeça das duas. Não demorou muito para Juliana começar a andar em direção ao grande portão. Por alguns metros andou, mas logo correu. Juliana imaginou como era cair em um buraco, sem fim. Cair para todo o sempre, e sentir o frio na barriga por tanto tempo assim. Ela se teleportou a primeira vez para alguns metros a sua frente. Quando reapareceu, quase caiu, mas continuou a correr, e dessa vez ainda mais rápido pelos poucos metros que faltavam. Passou pela sua cabeça qual seria a sensação de atravessar um portão. Qual seria a sensação de ser menor que cada molécula que formavam aquele grande pedaço de aço. Qual seria a sensação de estar do lado de fora.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Novamente o buraco sem fim.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ela estava fora... Em algum lugar lá fora.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Demian, Talita, Mia e Tom, ficaram sem dizer nada. Mia se colocou ao lado de Demian, que, hesitantemente a abraçou. Os poucos segundos pareceram longos. Aquilo era a única coisa que poderia dar errado. Juliana ter ido longe demais, ou até mesmo fugido.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia olhou para Demian por alguns segundos. As energia falhou no local, o que causou a queima de mais uma lâmpada. Mia ainda o olhava e beijou seus lábios. Demian apenas deixou. Nesse instante o portão começou a se abrir. As luzes, então, se estabilizaram novamente. Mia, ainda olhando para Demian, disse:</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Esse ao seu lado é Tom. A Talita você já conhece. E aquela lá fora... Juliana.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> No mesmo instante, Juliana apareceu na frente deles, com uma confiança assustadora. Talvez um buraco sem fim, fosse a prova que cada um ali precisasse enfrentar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — E eu ainda posso trazer objetos comigo! — Disse Juliana.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Então novamente ela sumiu, reaparecendo no grande portão. Deixando para trás apena suma grande gota de sangue, que se espalhou ao atingir o chão.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
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</div><div style="text-align: center;"><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/likebox.php?href=http%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fpages%2FO-legado-Vol-Zero-O-segundo-cl%25C3%25A3%2F202439596435053&width=300&colorscheme=dark&show_faces=true&stream=false&header=false&height=292" style="border: none; height: 292px; overflow: hidden; width: 300px;"></iframe></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-76290890416114990622011-03-14T16:51:00.001-03:002011-03-14T17:01:37.563-03:00Capítulo 4 - Parte 2<div style="text-align: justify;"> Como prometido, hoje está sendo publicada a <b>segunda parte</b> do <b>quarto capítulo</b>.</div><div style="text-align: justify;"> Nesta sexta-feira, dia do quinto capítulo, estarei fazendo o anúncio de uma <b>nova parceria</b>. Uma parceria <b>diferente</b>, que certamente irá deixar a história muito mais emocionante e cheia de novidades. <b>Aguardem</b>.</div><div style="text-align: justify;"> Fiquem agora com o <b>quarto capítulo, parte 2</b>. Não se esqueçam de curtir a nossa página no Facebook ao final de sua leitura.</div><br />
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<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Walter Turncoat"; font-size: 20pt; line-height: 150%;"> [Capítulo 4 – Pt. 2]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Alguém já disse a vocês que são capazes de muita coisa? — Perguntou Mia, seriamente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você está brincando com a gente, não é mesmo? — Questionou Demian, com tom satírico. Mia apenas o ignorou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Pelo menos, eu não me permito pensar que vocês acreditam que o que viram acontecer diante de seus olhos, seja... Paranormal. — Mia continuou. — Ou acharam isso?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ela não pode se conter, deixou escapar um pequeno riso, um híbrido de deboche com o alívio da tensão que sentia. Ela não queria ir muito longe com aquela conversa, e embora acreditasse que não iria precisar, uma parte dela sempre pensava nas piores das hipóteses para cada situação.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Onde você quer chegar? — Talita perguntou, sem olhar para Mia. Manteve sua cabeça baixa, olhando para algum ponto do chão.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia a encarou por alguns instantes, ainda que Talita não levantasse sua cabeça para encará-la. Mia sabia que ela percebia o que estava acontecendo, apenas tinha a curiosidade de entender como ela percebeu tudo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Onde quero chegar? Prestem atenção, todos. É... AQUI... — Mia levantou seu braço direito para Talita, e ela subiu. — Que eu quero chegar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Demian apenas observava tudo. Estava de braços cruzados encostado em uma das paredes. A lâmpada acima de Talita se apagou. Tom e Juliana estavam boquiabertos, aquilo era impossível. Tom estava suando, percebeu que seu corpo estava quente. Muito quente. Mia abaixou o braço, e com isso, Talita foi ao chão, mas rapidamente se levantou. Mia se dirigiu rapidamente para Tom, que suava cada vez mais.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você está com medo, Tom?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ele não respondeu, não conseguia. Talvez pelo calor que sentia, ou pelo medo, apenas não conseguia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Do que você tem medo, Tom?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Neste momento, algumas pequenas pedras que estavam em volta deles começaram a flutuar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Pegue uma pedra, rapaz.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Tom, hesitante, segurou em sua mão uma das pedras. Poucos segundos foram necessários até que a pedra pegasse fogo, o que assustou ainda mais o rapaz.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Ainda duvida de si mesmo? Pegue outra pedra...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Novamente ele pegou uma pedra e ela também pegou fogo. Mia tirou a pedra da mão de Tom, fazendo-a flutuar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Vocês entendem o que eu quis dizer sobre serem capazes de muita coisa? — Disse Mia enquanto Fazia as duas pedras passarem perto de cada um.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Mia, você está dizendo que somos algum tipo de alunos de um professor careca? — Apesar da brincadeira, a pergunta de Demian era séria.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Eu estou dizendo que vocês... Que nós somos diferentes. Não temos um professor careca, e tampouco somos super-heróis.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Pela primeira vez, Juliana falou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Foda-se essa merda. Como saímos daqui.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Quando você pegar a chave! — Respondeu Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Perfeito! Onde está a maldita chave?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Ótimo que esteja interessada, porque todos nós dependemos unicamente de você conseguir sair daqui e pegar a chave lá fora.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia foi se aproximando de Juliana. Com sua mão esquerda arrumou seu cabelo atrás da orelha e quando chegou mais perto, continuou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Porque não tenta se teletransportar para fora?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você só pode estar brinc...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Nesse momento, caixotes de madeira começaram a atingir Juliana. Um atrás do outro. Com o primeiro impacto ela caiu. Mia que os estava controlando.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Você não vai tentar... Ju?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia arremessou outro caixote para cima de Juliana, que rolou para o lado e desviou. Imediatamente tentou se levantar, mas não conseguiu a tempo, pois outro caixote a derrubou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Pare com isso, você irá me matar, sua doente. — Gritou Juliana, logo depois, olhou para seu lado e percebeu que Demian Estava correndo para derrubar Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> De repente, sentiu que seu corpo não pesava mais, porém todo seu interior ardia. Por um flash de segundo, sua visão falhou, quando voltou, estava caída na frente de Demian, que por sua vez tropeçou e caiu. A queda ocasionou um pequeno rasgo em sua camiseta preta.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Isso só pode ser um sonho... Puta que pariu. — Resmungou Demian.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia deixou os caixotes caírem. Agora era a vez de Talita. Mia sabia que não teria trabalho com ela.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — E você, Talita?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Eu já sei o que você vai me ensinar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Impossível! — Mia se assustou, sentiu seu coração disparar de medo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Tem certeza? — Disse Talita, finalmente a encarando no fundo dos olhos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Nesse momento, Mia percebeu que abria os olhos. Demian e Talita estavam próximos dela, acordados... Nada disso havia acontecido... Ainda.</div><br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/likebox.php?href=http%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fpages%2FO-legado-Vol-Zero-O-segundo-cl%25C3%25A3%2F202439596435053&width=292&colorscheme=dark&show_faces=true&stream=false&header=false&height=292" style="border: none; height: 292px; overflow: hidden; width: 292px;"></iframe></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-2737774138619399512011-03-11T16:59:00.003-03:002011-03-14T16:52:00.991-03:00Capítulo 4 - Parte I Nesta sexta feira trago uma novidade para vocês, leitores do E-book. Anuncio uma nova parceria. <a href="http://twitter.com/#%21/Myla_soares/" target="_blank">Camila Soares</a>, blogueira do <a href="http://worldsofbooks.blogspot.com/" target="_blank">The World of Books</a>. Em breve, novidades a respeito da parceria.<br />
Este é o Quarto capítulo da saga, e ele será dividido em duas partes. A <i>segunda parte</i> será postada na <b>segunda feira</b>, dia <b>14.02</b>, também <b>às 17h00</b>. Não percam!<br />
Enquanto isso, acompanhem a<b> primeira parte</b> do Quarto capítulo. Não esqueçam de curtir nossa página do Facebook ao final da leitura.<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><br />
<a name='more'></a><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Walter Turncoat"; font-size: 20pt; line-height: 150%;">[Capítulo 4 - <i>pt I</i>]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Com o susto, Mia segurou forte o pescoço de Demian com sua mão direita e com a esquerda, impulsionou seu corpo para longe de Talita. Mia estava de olhos arregalados e suando frio e ainda muito assustada. Ofegante, começou a perceber que estava tudo bem, embora não conseguisse tirar da cabeça que muito provavelmente a culpada de tudo isso fosse Talita. Isso era o que uma parte de si acreditava; A outra, talvez por inocência, acreditava que ela não seria capaz de algo que sequer sabia ser capaz. Aos poucos soltou o pescoço de Demian que permanecia imóvel para não assustar ainda mais sua namorada, embora ele mesmo não estivesse tão calmo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Relaxa, Mia... Relaxa... — Dizia Demian, enquanto acariciava e arrumava os cabelos de Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Está tudo bem, Demian, pode me soltar... Me larga...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O silêncio se pronunciou em sua melodia quase que original, não fosse repetida de outras apresentações.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Cadê a Juliana e o Tom? — Mia perguntou seriamente para o primeiro que respondesse.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Esses são os nomes deles? Aliás, quem são eles? Que porra está acontecendo aqui? — Questionou Demian, enquanto Talita mantinha-se calada, sem a menor vontade de participar daquela conversa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia se levantou. O local ainda era escuro e havia muito entulho espalhado pelo chão, cacos de vidro, pedaços de madeira com pregos mal colocados que poderiam ferir alguém descuidado facilmente. Demian estava com medo, pois aquela de forma alguma era sua namorada. Mia costumava ser delicada e inofensiva, enquanto aquela garota estava sendo bruta e deixando-o em alerta. Talita arrastou um pé de cada vez pelo chão, procurando afastar qualquer coisa do espaço que precisaria pisar, e assim, afastou-se dos dois. Por mais escuro que estivesse, ela se sentia mais segura longe dos dois.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Com as mãos perto da parede, Mia forçava sua vista para tentar enxergar algo. Procurava por alguma alavanca, algum tipo de interruptor que pudesse acender as luzes do local. Ela já estivera ali antes e pela posição das janelas, sabia que estava perto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — O que você está fazendo? — Perguntou Demian.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia continuou em silêncio e procurando resolver o problema da escuridão.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Volte aqui!</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Suas mãos procuravam incansavelmente, enquanto seus olhos já haviam desistido.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — EEEI...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Finalmente!</i> Mia puxou a alavanca para baixo, e as luzes imediatamente se acenderam. Não todas, pois algumas estavam queimadas, outras piscavam como se estivessem prestes a ter o mesmo destino, mas havia luzes acessas o suficiente para iluminar bem o local. No momento em que elas acenderam, todos e até mesmo Mia, sentiram uma dor muito forte em seus olhos. Antes a escuridão era completa, e com a luz repentina, ainda que não fosse muito forte, seus olhos sentiram a diferença.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Tom e Juliana já estavam praticamente acordados, mas não diziam nada, pareciam incapazes de pensar sequer em uma sentença que expressasse seu pânico. Quando Mia os avistou, andou rapidamente em sua direção. Demian correu para cima dela como se quisesse impedi-la. Por alguns instantes pensou ter visto uma expressão maliciosa em Mia, porém talvez fosse apenas a tensão do momento. Faltava apenas alguns passos largos para alcançar sua namorada.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Mia, eu...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ela virou-se e gritou, olhando profundamente nos olhos de Demian, tão profundamente quanto jamais havia olhado. Pode sentir o temor que ele sentia naquele instante, pode sentir em seu coração, a pulsação do coração dele; Lamentou também por ter que fazer aquilo. Dentro dela, algo lutava para sair e para ficar. O que mais sentia, talvez, era pena de si mesma. Demian não conseguia se mexer, percebeu que estava envolto em algo invisível, e não estranhou. Depois de tudo o que acabou de acontecer, nada era tão mais estranho para ele. Exceto, Mia. Quando terminou, não foi preciso mais nada para que Demian se afastasse.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia continuou seu caminho em direção a Juliana e Tom, que naquele ponto, já estavam completamente acordados e assustados.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Levantem... — Disse enquanto puxava em um braço de cada — Estão bem? Certo, fiquem de pé e permaneçam calados. Todos vocês. Eu vou falar apenas uma vez.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia apontava com firmeza para todos eles. Enquanto andava, procurando ficar de frente para os quatro. Era chegada a hora onde todos saberiam de tudo. Ou ao menos o suficiente. Poucas palavras seriam necessárias, pois ela sabia que nem um deles questionaria demais. Coisas estranhas acabaram de acontecer, e poucos “porquês” sem qualquer resposta se perderam no ar. Era tudo o que ela precisava.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ela sentia medo, coisa que não achava que sentiria. Então ela parou, virou-se de frente para todos. Eles tinham receio, sentiam que nada estava certo... E não estava! Mas era possível perceber que todos se uniriam de uma forma ou de outra. Entretanto, havia uma pessoa que não se encaixava, havia alguém que não estava ali pelos mesmos motivos que os outros. Mas Mia não tinha com o que se preocupar, tudo estaria sob controle muito em breve.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A casa era grande. Não havia ninguém dentro dela. Tudo havia saído como o planejado. Mas ainda que algo pudesse dar errado, dois segundos era tempo suficiente. Os três rapazes se aproximaram, atravessando o jardim. Todos vestidos de preto, mas sem a intenção de se esconderem. Eram ladrões sem medo, embora não fossem roubar nada. Não ainda.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ainda na metade do caminho, o rapaz de estatura média, segurou os capuzes do moletom dos outros dois e saltou. Levou consigo, para o alto, os dois. Ao atingir a altura certa e o ângulo que desejava, girou seu corpo diagonalmente. Com este movimento, arremessou, um de cada vez, os dois rapazes por duas janelas. O movimento não era necessário, mas a diversão por trás dele era... Completamente. Dentro de cômodos separados, os gêmeos esconderam em locais estratégicos que já conheciam dois pergaminhos. O rapaz mediano já estava no chão, voltando pelo mesmo caminho que viera. Os outros dois, quando terminaram, se teleportaram um para cada lado de seu arremessador e o seguiram, colocando seus capuzes. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Jogue conosco... — Disse um dos gêmeos, acrescentando um pequeno riso ao final.<br />
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</div><div style="text-align: center;"><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/likebox.php?href=http%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fpages%2FO-legado-Vol-Zero-O-segundo-cl%25C3%25A3%2F202439596435053&width=292&colorscheme=dark&show_faces=true&stream=false&header=false&height=292" style="border: none; height: 292px; overflow: hidden; width: 292px;"></iframe></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-65988399514139394132011-03-04T16:36:00.002-03:002011-03-05T09:18:59.992-03:00Capítulo 3 Novos inícios, e novos devaneios se iniciam hoje, no fim de uma semana que outrora nova foi.<br />
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<a name='more'></a><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Walter Turncoat"; font-size: 20pt; line-height: 150%;">[Capitulo 3]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia estava desacordada. A pancada fora realmente forte. Ela sentia que nada estava bem, ainda que tudo estivesse bem, já que alí, só estava ela e mais quatro completamente desacordados. Por alguns segundos sentiu que sua mente também estava perdida em algum lugar muito longe, mas logo essa sensação sumiu.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Lá estava ela, andando na direção de Demian. Não parecia ser real, ela sequer sentia a si própria. Seus passos não tinham impacto, o ar que respirava não fazia cócegas na entrada de suas narinas, a luz não queimava seus olhos... A única coisa que sentia era seu coração pulsando. Não conseguia olhar para o chão, não tinha controle sobre seus movimentos. Talvez estivesse vendo algum tipo de filme sobre a sua vida. Ela apenas andava, sempre para frente. De repente, estava em outro lugar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> De uma hora para outra, deixou de não sentir nada e passou a sentir algo que parecia ser a maior dor de cabeça que já teve. Em um instante não enxergava nada e no outro, se viu beijando uma garota. Mia era a maior das duas, e quando percebeu o que estava acontecendo se assustou e a empurrou. Percebeu que jamais a havia visto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Seu coração batia intensamente...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Novamente sua cabeça latejou forte e não enxergou mais nada. por alguns instantes. Foi quando sentiu seu joelho ceder. Ao erguer a cabeça, novamente estava a céu aberto. Grama seca e alta a cercava, mas ela não sentia. À sua frente apenas mato. E Demian, não estava mais lá. Tentou procura-lo, encontrar em algum outro ângulo, mas sua cabeça não se mexia. Ali estava ela, sem controle sobre si mesma, assim como sempre fora. Mia levantou-se, ouviu seu joelho estralar e gritou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Seu coração continuou a bater, forte e alto.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Sua cabeça doía a ponto de parecer que iria partir-se ao meio.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Quando sua visão voltou, Mia estava ajoelhada diante da garota que beijou momentos antes. A garota estava nua, e segurava a cabeça de Mia diante de suas partes íntimas. Novamente Mia se assustou com o que via.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A dor que sentia dentro de sua cabeça tornou-se constante e insuportável. Mia fechou os olhos com força por consequência da dor, e começou a perceber que em breve desmaiaria. Quando abriu, estava novamente no campo do gramado seco e Demian agora estava também. Flutuando alguns metros à sua frente como se fosse uma marionete presa a cordas invisíveis, até que essas cordas tocaram-lhe fogo. O corpo de Demian mexia-se pelo ar enlouquecidamente enquanto queimava. Ao mesmo tempo em que Mia queria ajudar, temia que o corpo se aproxima-se o suficiente para... Tarde demais. Agora Demian estava tão próximo dela que podia sentir algumas gostas de suor escorrendo. Face a face, o tempo começava a parar. As chamas que envolviam o rapaz, mexiam-se tão devagar quanto o vento que outrora soprara naquele lugar. Durante os segundos que mais pareciam uma eternidade, Mia conseguiu observar cada parte da pele de Demian que estralava, queimada pelo fogo surreal, e ainda mais. Por alguns instantes conseguiu manter os olhos fixos no olhar de Demian, aquele olhar vazio, morto. Até que foi atingida pela súbita vontade de beijá-lo.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Agora o tempo havia voltado ao normal. Mia não sentia mais sua cabeça, apenas seu coração pulsando ainda mais rápido e feroz. O fogo havia sumido, como se nunca tivesse acontecido, e Mia o beijou. O agarrou com força e deixou seus lábios tocarem os dele. Olhou para Demian por alguns segundos, e novamente o agarrou. Como se estivessem em quatro paredes, Mia o beijava, enquanto Demian, imóvel, apenas estava lá. </div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia sentia sangue. Seu nariz sangrava. Quando abriu os olhos novamente percebeu que estava com uma garota. A garota que beijou. Ela tinha olhos puxados e aparentava ter descendência oriental. Mia estava beijando a vagina da desconhecida, que gozava enquanto recebia as carícias involuntárias e doentias de sua parceira. A estranha oriental, ao perceber que Mia havia terminado, levantou-se rapidamente e a jogou em cima da cama que estavam. Não estavam em lugar algum, era apenas um quarto sem qualquer porta, iluminado de algum ponto inexistente. A garota tinha controle total dos membros de Mia. Segurou seus braços e deitou-se por cima dela. Só então Mia percebeu que também estava nua. Involuntariamente abriu suas pernas. A outra deitou-se por cima, estrategicamente, seguindo o que a experiência lhe dizia. Mia estranhamente deixou-se levar pelo que estava acontecendo.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM TUM TUM TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Tudo foi acontecendo. As duas se entregaram e faziam bem o que se propuseram a fazer, ainda que sem o controle da resposta.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM TUM TUM TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O ápice se aproximava, Mia gritava, e a estranha soltava uma risada sedutora e cheia de malícia. A intensidade aumentava, e o gozo era certo, até o momento que Mia sentiu algo segurando seu pescoço, e quando abriu os olhos, percebeu que não era a estranha, e que a mesma não estava mais em cima dela. A garota estava ensanguentada, com o pescoço quebrado e jogada em um canto qualquer do local.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia teve medo.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ela já não estava sentindo seu coração.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">*TUM*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Sentia apenas suas pernas balançarem, pois tudo estava concluído.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">...</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">...</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Foi então que seus olhos se abriram em um suspiro profundo e repentino, e seu coração saltou-lhe pela boca quando percebeu que a única pessoa acordada no galpão, além de ela mesma, era Demian e Talita, que estavam tão próximos dela, quando deveriam.</div><br />
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<div style="text-align: center;"><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/likebox.php?href=http%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fpages%2FO-legado-Vol-Zero-O-segundo-cl%25C3%25A3%2F202439596435053&width=292&colorscheme=dark&show_faces=true&stream=false&header=false&height=292" style="border: none; height: 292px; overflow: hidden; width: 292px;"></iframe></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-1288630484979977662011-02-25T16:41:00.001-03:002011-02-25T16:58:19.063-03:00Capítulo 2 Mais uma sexta-feira chegou, sinal de que uma semana se foi, está nos dando um breve descanso para que a próxima chegue.<br />
Hoje temos uma novidade no capítulo. Quer discutir com outros leitores sobre suas descobertas na história? No final da página temos o aplicativo do Facebook. "<i>Curta</i>", acesse a página e exponha suas ideias e seus avanços.<br />
Hoje eu trago o Segundo capítulo de <b>O Segundo Clã</b>.<br />
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<a name='more'></a><br />
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<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;"><span style="font-family: "Walter Turncoat"; font-size: 20pt; line-height: 150%;">[Capítulo 2]</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A iluminação era mínima e vinha apenas de pequenas frestas da parte alta do galpão. Por algum motivo, todas as janelas, quebradas ou não, estavam bloqueadas com tiras de madeira, e era das poucas brechas existentes entre essas tiras, que alguma luz entrava no ambiente. Mia, sentada em um dos cantos, apenas esperava o momento de agir. Apesar da escuridão, ela sabia que seria necessário algo além da visão para saber quando fosse a hora e por esse motivo, seus ouvidos estavam completamente concentrados nessa tarefa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Apenas 10 minutos havia se passado, quando o primeiro acordou. Talita abriu os olhos e, exausta, não conseguiu sequer pensar onde poderia estar naquele momento. Sem forças, seu corpo lutou para se apoiar em algum lugar, enquanto sua cabeça lutava para conseguir entender o que e porque ela precisava fazer tudo aquilo. Aos poucos sua consciência foi voltando, e junto com ela, certo medo estabeleceu-se dentro de Talita. Quando finalmente conseguiu prostrar-se de pé, uma leve tontura atingiu-lhe e Talita quase caiu. Esticou os braços para os lados e tentou encontrar alguma parede próxima, mas logo nos primeiros passos, tropeçou em algo. Era uma das pernas de Demian, que estava deitado ainda adormecido. Porém, com toda aquela escuridão, e os filetes de luz iluminando apenas as partes mais altas do ambiente, Talita ficou aterrorizada e tentou gritar. Para sua surpresa, não conseguiu. Sentiu como se houvesse um nó em sua garganta. Teve vontade de vomitar, mas não conseguiu e percebeu que mal conseguia respirar. Pela segunda vez, tentou gritar. Um gosto amargo e ao mesmo tempo azedo chegou a sua boca a força de suas pernas falhou e Talita caiu de joelhos no chão. O impacto foi o suficiente para que ela sentisse que sua garganta agora estava desobstruída. Agora o ar que lhe faltava, entrava e queimava seus pulmões. De repente, algo começou a iluminar o ambiente. Uma luz inquieta e impaciente, com um tom alaranjado. Era fogo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Sentada, Mia observava o que acontecia, sem medo ou receios. O fogo estava tão próximo que poderia queimá-la... Se fosse de verdade. Mia sabia que aquilo era apenas o que Talita estava fazendo. Talita ainda tinha sua mente fora de controle, desde o momento em que acordou, e aquele fogo era um simples resultado involuntário da angustia que sentia naquele instante. Ainda assim, Mia não poderia deixar de se espantar com isso, afinal Talita ainda não tinha controle ou ao menos sabia de tudo aquilo e mesmo assim, o resultado seria assustador para qualquer um que presenciasse o momento.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O Fogo serviu apenas para assustar Talita ainda mais. Respirar ainda era agonizante, mas ela tentou colocar-se em pé novamente. Por algum motivo, ela sentia que estava perdendo suas forças, mas lutava para manter-se em pé. Quando fixou seus olhos nas chamas que só aumentavam alguns metros à sua frente, viu a silhueta de alguém. Neste momento, Demian, Juliana, e Tom estavam começando a acordarem, quando finalmente, Talita conseguiu o que queria. Um urro descomunal saiu com todas as forças que ainda lhe restavam. O fogo aumentou como em uma explosão, consumindo quase todo o ambiente, exceto onde estavam Talita, Demian, Juliana e Tom. Os três que estavam no chão, sentindo os mesmos sintomas que Talita sentia, tentavam se levantar, atordoados pelo grito, pelo fogo e pela dúvida que habitava suas cabeças perdidas: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Inferno? </i></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Naquele instante, como o Diabo particular de todos, Mia saiu de dentro das chamas. Tudo estava sobre controle, afinal, o momento que ela tanto esperava tinha chegado. Talita tremeu, e involuntariamente soltou um gemido de terror. O fogo ficava cada vez mais intenso, mas ninguém sentia o calor. Mia continuava a se aproximar, imponente e decidida. Mais alguns passos, e levantou sua sobrancelha.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Enquanto tudo isso acontecia, olhos ávidos e atentos observavam tudo através dos dois monitores. Nenhuma expressão marcava seu rosto, apenas a indiferença, por mais que tudo o interessasse. Em suas mãos estavam duas fotografias. Uma delas era de Talita. Aquela que naquele instante fazia o inferno para que o Diabo pudesse reinar. A outra fotografia era daquele que, a seu bel prazer, poderia reviver todo esse momento novamente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Depois de observar muito as duas fotos, seu celular tocou em seu bolso. Era uma mensagem. Sem tirá-lo e ler o que dizia, colocou as fotos sobre a mesa, olhou para os monitores uma ultima vez e se retirou. Sabia que não iria demorar até se encontrar com todos eles. Principalmente com um em especial.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Assim que levantou sua sobrancelha, seus quatro aprendizes foram arremessados ao alto. A medida que Mia avançava, os quatro corpos flutuavam para frente. Talita, a única que estava consciente, sentia o maior terror que já provara algum dia. Seu corpo estava suspenso, sentia uma enorme força a sugando. Mal conseguia se mexer, talvez pela fadiga ou talvez por algum outro insano motivo, afinal tudo o que estava acontecendo era insano e não tinha a menor chance de ser verdade. Enquanto mantinha os quatro pairando no ar, Mia começou a cantar, como se apenas ela fosse ouvir, o que pareceu ser a mais macabra das canções de ninar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> <span lang="EN-US">— <i>Sweet dreams are made of this...</i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US"> </span>O coração de Talita batia desesperadamente dentro de seu peito, como se quisesse cavar um buraco até poder sair e levar consigo sua vida. Neste momento, Demian começava a recuperar sua consciência, ou pelo menos achou que estava recuperando quando percebeu que estava flutuando. Gritou, em vão, em busca de alguma resposta.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Quem está aí?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — <i>Who am I to disagree?</i> — Mia continuava a cantar macabramente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Que porra é essa? — Demian gritava enquanto Talita urrava. Algo parecia estar a machucando, mas Demian nem ao menos sabia quem mais estava ali.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Os olhos de Mia começaram a subir e em poucos segundos seu globo ocular era branco.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> <span lang="EN-US">— <i>Travel the world and the seven seas...</i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US"> </span>Talita continuava a gritar de dor. Gritava intensamente. Demian começou a se desesperar. Sentia algo rastejar sobre seu corpo, subindo pelas suas pernas e passando pelos seus genitais, porém, quando olhou não havia nada. Tentou tocar, mas não adiantou, seus braços não o obedeciam.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> — Meu Deus, o que é isso? — Demian questionou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Tom e Juliana voltaram a adormecer. Várias vezes ameaçaram acordar, mas não conseguiam. Mia começou a virar seu pescoço de lado e soltou um leve riso irônico e estranhamente sensual. Talita começou a sentir seu ar faltar. Havia algo se enrolando em torno de seu pescoço, algo que ela não podia enxergar, mas sabia que a estava sufocando. Logo não conseguiu mais gritar e estava quase perdendo a consciência novamente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> <span lang="EN-US">— <i>Everybody is looking for something...</i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="EN-US"> </span>— Você só pode estar de brincadeira! — Demian havia acabado de perceber de quem era aquela voz que cantava aquela música.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> De repente, houve uma implosão. Os vidros que ainda restavam juntamente às tiras de madeira que tapavam a entrada da luz, implodiram como se houvesse um buraco negro dentro do galpão. Ao mesmo tempo, alguma força, igualmente potente, empurrou os quatro contra a parede que estava alguns metros para trás deles. Então, tudo começou a parar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Os cacos de vidro, as madeiras que se quebraram com a força que vinha de dentro do galpão, o fogo... Tudo perdeu a força que tinha. Exceto Demian, que atravessava o galpão em direção a parede. A força do impacto que receberia certamente o desacordaria. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Para Demian era estranho como tudo estava tão devagar. O tempo talvez estivesse parando, tentando dizer alguma coisa a ele. Tudo, agora, era tão nítido, cada piscar de olhos, cada brilho dos fragmentos de vidro, cada problema... Embora o único problema que o atormentava neste instante era que sua namorada, Mia, havia se tornado um monstro. Talvez realmente estivesse no inferno.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Então, Demian atingiu a parede e desacordou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O tempo voltou ao normal.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Talita, que mal conseguia respirar, também perdeu a consciência ao atingir a parede. Quando isso aconteceu, o fogo que consumia o galpão desapareceu, sem deixar cinzas ou destroços, deixou apenas uma sequela em sua origem. Talita jamais se esqueceria daquele momento.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Juliana e tom, também ficaram desacordados. Talvez, quando acordarem, nem se lembrem do que aconteceu naquele momento. Talvez não se lembrem do Diabo e do fogo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Mia também estava desacordada. Seu nariz sangrava e sua cabeça estava machucada. Não foi a parede que lhe causou o machucado, mas sim, um pedaço de madeira que, na implosão, a atingiu em cheio.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Tudo teria sido mais fácil se fosse apenas mais um caso de possessão. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><blockquote><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style="font-size: x-large;">"</span><i style="color: #666666;">I have a dream that my five children will one day live in a nation where they will not be judged by their differences but the content of their character.</i></div></blockquote><div style="text-align: right;"> <span style="font-size: large;">Acesse: <a href="http://unholylegacies.tumblr.com/">www.unholylegacies.tumblr.com</a></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: large;"> </span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: large;"> </span></div><br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowtransparency="true" frameborder="0" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/likebox.php?href=http%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fpages%2FO-legado-Vol-Zero-O-segundo-cl%25C3%25A3%2F202439596435053&width=292&colorscheme=dark&show_faces=true&stream=false&header=false&height=292" style="border: none; height: 292px; overflow: hidden; width: 292px;"></iframe></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-50000256612111971492011-02-18T16:59:00.000-02:002011-02-18T17:02:20.657-02:00Capítulo 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7Tt1x81cKPNJYmNZUlGraCjMxfFFn0Moz3FlAFnYGvBsvBrh8LvnA5ITpjhQm7gJdRXOqsOqjmjuNlF4LgOFQfueuk_u5ZVsQscX8p7_UaVWOmu-Di8mtghIqUP6yIGXY8EF1doBUHsE/s1600/Parte+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></div><br />
<br />
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 20pt; line-height: 150%;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-size: 20pt; line-height: 150%;">[Capítulo 1]</span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: right;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Um ano antes...</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> A chave destrancou o que agora seria seu paraíso. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Então a porta se abriu.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> O fato de sua sala ser claramente muito mais aconchegante do que o cômodo onde se encontravam seus quatro aprendizes — como gostava de chama-los em seus pensamentos, ainda que eles não soubessem disso — não fazia com que ela se sentisse por cima. Não. Na verdade ela sabia que em algum momento de sua vida ela já esteve em uma situação parecida. Talvez até mesmo naquele mesmo galpão, gélido e completamente abandonado. Naquele instante, ela sabia seu lugar, o que tinha que fazer e não queria que qualquer coisa saísse do controle pelo mínimo descontrole do seu ego.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> O ambiente era agradável. Semelhante a um pequeno escritório domiciliar, mas ao contrário de outros, a sala era retangular. Apesar de aparentemente organizado, havia, em um mural, fotos de alguns adolescentes. Em sua mesa, mais algumas enquanto outras saiam de sua impressora. A mesa à sua frente era grande e se estendia da parede lateral da esquerda, até a outra, à direita. O mural com as fotos ficava na parede a sua frente, atrás de dois monitores LCD de 21,5 polegadas. Grandes o suficientes para ver cada detalhe dos vídeos que neles seriam exibidos. Os monitores ficavam apoiados em uma espécie de uma pequena bancada que serviam apenas para deixar a tela na altura correta dos olhos. O teclado e o mouse ficavam em um apoio que corria por baixo da mesa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Enquanto entrava na sala, achou que seria daquela forma que se sentia John, personagem da série de filmes Saw. Talvez, involuntariamente, tenha se inspirado em seu modo de pensar, apenas com duas diferenças: Ela não queria testá-los pela vida, apenas inicia-los para o mundo. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">E aqui não temos o Billy</i>, pensou e sorriu instantaneamente, quase que lamentando, sarcasticamente, a falta de um artifício do gênero.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Sentou-se na cadeira de frente para a mesa, e abriu sue notebook previamente ligado. Na tela era exibido um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">countdown</i>. Quatro horas era o tempo restante, e o que aconteceria após esse tempo ela sabia bem. Mia — alcunha que ela mesma tratou de escolher para si —recostou-se na cadeira e olhou atentamente para os dois monitores que exibiam a mesma imagem, mas de ângulos diferentes. Ali estavam os quatro aprendizes. Estavam mas sequer sabiam, muito menos onde. A quatro câmeras colocadas em pontos estratégicos do galpão onde estavam os adolescentes, capturavam tudo no escuro, e os monitores exibiam tudo em um tom esverdeado. Até aquele instante, nenhum movimento. Mia sabia que até o fim do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">countdown</i>, nada aconteceria, ao menos não era para acontecer. Todos estavam devidamente sedados e o efeito só poderia passar pouco antes do cronômetro zerar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Mia tinha 19 anos. Já era uma mulher e extremamente sensual. Mas apesar disso, não gostava de usar roupas curtas, tampouco roupas longas demais ou que ficassem folgadas no corpo. Ela sabia usar suas roupas e seus acessórios da melhor forma possível. A sua pele branca, acentuava o tom vermelho de seus lábios e o contorno de seus olhos. Isso tornava completamente desnecessários o uso de maquiagens como batom ou lápis de olho, mas ela usava. Seus olhos castanhos e seus lábios avermelhados assim como seu cabelo, cortado pouco abaixo do ombro. Vez ou outra levantava sua sobrancelha direita, cuidadosamente desenhada, como se cada detalhe que a agradasse fosse correspondido com esse gesto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Com a mão direita, arrumou seu cabelo avermelhado atrás da orelha e notou que suas ultimas impressões já estavam prontas. Mia se levantou e junto às fotos pegou também alguns pequenos imãs, que serviriam para fixa-las no mural a sua frente. Uma por uma foi sendo fixada junto às outras. Ao final, Mia olhou para cada uma das dezenas fotografias que ali estavam, como se quisesse guardar bem o rosto de cada um deles, em cada situação possível. Medo, desconfiança, alegria, fúria... Ela tinha todas essas possibilidades fixas em seu mural, e muito em breve teria também acontecendo ao vivo para seu deleite.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Já se passara uma hora no cronômetro. Ao perceber isso, Mia levantou sua sobrancelha direita como uma resposta ao tempo. Ela estava recostada em sua cadeira apenas pensando. Por dentro, Mia se sentia uma estranha para si mesma. Ela de fato não se conhecia, mesmo sabendo de cada detalhe de sua vida. Mas havia outro sentimento. O de repugnância. Este não se tratava dela, mas sim de um homem. Ao pensar nisso percebeu que talvez conhecesse mais o sujeito do que a si mesma. No fundo Mia queria que aquele homem estivesse onde aqueles quatro estão, pois ainda que não se lembrasse muito bem, ela sentia que já esteve muito pior do que eles.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> —Filho da puta — Sussurrou para a imagem de Alex Vonturi que tinha em sua mente naquele instante. O homem que apagara suas memórias e a transformara em outra pessoa. Naquilo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Mia pousou seu olhar — um híbrido de calmaria e de uma fúria intensa — em uma xícara com café frio., provavelmente do dia anterior, e assim ficou por alguns segundos. Sem ao menos piscar. Como se analisasse cada aspecto do objeto em sua mesa. Ao mesmo tempo, sentia dentro de sí uma enorme força tomar conta de seu corpo. Seus músculos se enrijeceram e ela soube que estavam se preparando para o que aconteceria a seguir.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> — FILHO... DA... PUTAAA — Mia agora estava de pé e a xícara fora arremessada para o alto, porém, não pelas suas mãos. Ao atingir o teto a xícara explodiu com o impacto, espalhando o pouco café que ainda guardava por todo lado. A cadeira também fora arremessada, mas para trás atingindo em cheio um armário de ferro, o que causou um enorme estrondo, chamando a atenção de Mia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> — Droga, eu tenho que me acalmar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Ela estava ofegante, e ainda furiosa, mas sabia que não poderia destruir tudo o que tinha na sala, só porque Alex estava em sua mente. Embora os motivos que o trouxera até ela, justificassem a completa destruição do local. Por enquanto ela precisava estar ali, então procurou relaxar. Colocou a cadeira novamente em seu lugar, sentou-se e continuou a observar o vídeo que mais parecia imagens estáticas sendo exibidas em dois monitores.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Após muito observar e pensar, Mia acabou adormecendo. Acordou quando o countdown marcava meia hora restante. Ainda que seu semblante permanecesse sereno, ela estava ansiosa. Sabia que a qualquer momento eles começariam a acordar, e se ela os deixasse, se matariam pelo medo, ainda mais agora que... Ela preferia ainda não pensar nisso, embora soubesse que muito em breve não teria escapatória. E esse breve duraria apenas alguns minutos. O galpão era frio e completamente sem iluminação. Talvez algumas frestas deixassem passar poucos raios de luz dos postes ao redor do local.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> O vídeo mostrou Talita se mexendo, mas apenas isso. Ela não acordou, mas Mia percebeu que já era hora. O countdown marcaria apenas o tempo aproximado. Eles passaram horas desacordados, e certamente o tempo no cronômetro não seria exato. Mia então se levantou, olhou uma ultima vez para os monitores, e se dirigiu à porta por onde entrou.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Agora sua ansiedade era maior, mas ainda assim sue semblante transparecia calmaria. Mia começou a se lembrar de coisas que era capaz de fazer, e imediatamente a xícara de algumas horas atrás veio em seus pensamentos. Um sarcástico sorriso estava se formando em seu belo rosto, quando pensou na cadeira que estava sentada ainda há pouco.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Novamente as sensações em seu corpo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Novamente ela sabia o que aconteceria.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Levantou sua sobrancelha direita e ouviu um forte barulho vindo de dentro da sala, torcendo para não ter atingido seu querido notebook.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: center;">***</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> O caminho até o galpão não era demorado. Mia teria levado menos tempo ainda se não tivesse andado tão calmamente até lá. Parou em frente ao grande portão de ferro, tirou um pequeno controle de dentro do bolso de sua calça, apertou um dos três botões, e o portão começou a se abrir, mas não muito, pois logo que houve espaço o suficiente para ela entrar, acionou outro botão, e logo o portão parou. Mia sentiu o ar gélido que vinha de dentro do galpão, se chocar contra seu corpo quente. Sem demora, ela entrou, acionou o terceiro botão e arremessou para fora o pequeno controle, enquanto o portão se fechava. Certamente ele seria necessário do lado de dentro para todos saírem daquele lugar, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">mas apenas para pessoas normais</i>” pensou. Logo o portão se fechou completamente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Restava agora aguardar todos acordarem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2pt; text-align: justify;"><br />
</div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-55055760066823185562011-02-18T16:49:00.001-02:002011-02-20T20:01:55.339-03:00Prólogo A espera finalmente acabou!<br />
Neste momento, estou aqui para anunciar o lançamento de <b>O legado [Vol. Zero] - O segundo clã</b>.<br />
<br />
Você poderá acompanhar um novo capítulo toda sexta-feira às 17h00. Na parte esquerda do blog, é possível visualizar um <i>box</i> com todos os capítulos já postados, incluindo a sinopse, e o prólogo.<br />
<br />
<b>Bem vindos ao Segundo clã</b>.<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<a name='more'></a><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2pt; text-align: justify;"> Talvez o fato de estarem todos juntos, não fosse o que realmente precisariam. Talvez tudo até aquele momento, poderia ser completamente em vão. Mas nada disso importava agora. Muita coisa havia acontecido e tudo os levara até ali. Todos já entendiam tudo, ainda que não entendessem nada. Mas também não importava, afinal, nada parecia ser coeso até então.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> — O tempo... — Demian disse, enquanto soltou um curto e sarcástico, mas ao mesmo tempo sério, riso. Todos ouviram, mas ninguém perguntou nada. Não precisavam, todos entendiam o que Demian estava pensando. Todos estavam pensando o mesmo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Demian dirigia em alta velocidade. Os motoristas dos carros ao seu redor buzinavam constantemente, irritados com imprudências que ele cometia no decorrer do trajeto. Ele não se importava. Ninguém se importava. Todos mantinham a mesma expressão em suas faces. Talvez, ainda que no fundo de seus corações, acreditassem que nenhum deles existiam, que nada daquilo era real, e que de repente, a qualquer instante, alguém iria acordar no chão gélido de seu quarto, se livrando de um maldito pesadelo. Mas ao mesmo tempo se sentiam ridículos por pensar em todas essas coisas, no ponto em que estavam. Importar-se era a única palavra que não estavam em seus dicionários agora.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> Olhando pelo retrovisor, Demian percebeu que Talita estava olhando para ele. Por alguns segundos seus olhares ficaram fixos um no outro, mas Demian voltou a olhar para frente. Pensou em olhar para ela novamente, porém não havia tempo. Ele acelerou o quanto pode, se livrou de um caminhão que estava à sua frente, e entrou rapidamente à esquerda, fazendo o carro derrapar. Sem se preocupar, diminuiu a marcha, e continuou acelerando. A rua estava livre, pois era uma estrada particular. Era sua casa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 2.0pt; text-align: justify;"> “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não somos um grupo de super-heróis idiotas que combatem o mal. Somos um grupo de </i>sabe Deus o quê<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, e no fim, acabaremos todos mortos</i>”. Mia sabia que estava certa, e sabia que essa mesma certeza não lhes dava outra alternativa. O caminho era um só, e Demian, Talita, Tom e Juliana, temiam que Mia estivesse certa apenas até aquele momento.</div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-24436726533922631952011-02-14T15:33:00.002-02:002011-02-20T20:02:33.376-03:00A espera está acabando<div align="justify"> Faltam apenas quatro dias para lançamento do primeiro capítulo, então resolvi fazer um breve contato com você, leitor, para que saiba, enfim, quem sou eu e o que esperar da história.</div><div align="justify"><br />
</div><div class="wlWriterEditableSmartContent" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:649aba59-2e01-41e9-9366-bcce7e8f1e8b" style="display: inline; float: none; margin: 0px; padding: 0px; text-align: center;"><div id="246bcc70-2d65-4b95-a3ba-e963c5b675bf" style="display: inline; margin: 0px; padding: 0px;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=AOVy_7EIBtQ" target="_new"><img alt="" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('246bcc70-2d65-4b95-a3ba-e963c5b675bf'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"448\" height=\"252\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/AOVy_7EIBtQ?hl=en&hd=1\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/AOVy_7EIBtQ?hl=en&hd=1\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"448\" height=\"252\"><\/embed><\/object><\/div>";" src="http://lh6.ggpht.com/_5Ryw3Pm8ev0/TVlnaW5z2fI/AAAAAAAAAGg/TShLWslgi2I/videof2ca8a9c355f%5B10%5D.jpg?imgmax=800" style="border-style: none;" /></a></div></div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3677197621190662774.post-51000572684046124142011-01-31T12:41:00.000-02:002011-01-31T12:41:10.673-02:00Sinopse<!--[if gte mso 9]><xml> <o:OfficeDocumentSettings> <o:AllowPNG/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:TrackMoves/> <w:TrackFormatting/> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:DoNotPromoteQF/> <w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> <w:SplitPgBreakAndParaMark/> <w:EnableOpenTypeKerning/> <w:DontFlipMirrorIndents/> <w:OverrideTableStyleHps/> </w:Compatibility> <m:mathPr> <m:mathFont m:val="Cambria Math"/> <m:brkBin m:val="before"/> <m:brkBinSub m:val="--"/> <m:smallFrac m:val="off"/> <m:dispDef/> <m:lMargin m:val="0"/> <m:rMargin m:val="0"/> <m:defJc m:val="centerGroup"/> <m:wrapIndent m:val="1440"/> <m:intLim m:val="subSup"/> <m:naryLim m:val="undOvr"/> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mia, como qualquer adolescente com inúmeros planos de vida, acreditou por muito tempo que ela era especial. Ela sentia que não era como os outros, e que tinha um objetivo maior do que os que ela se encarregara de decidir. Acreditou que isso seria bom e que faria de seu futuro, um mundo que muitos apenas sonhariam. Ao completar 19 anos, sabia que estava em um mundo diferente. Um mundo no qual ninguém sonharia. E para ela, isso não era e nem seria bom. De fato, Mia era especial e para sua surpresa, não era a única. Agora estava encarregada de revelar segredos mortais a quatro adolescentes, sendo um deles, seu próprio namorado: Demian Vonturi. Embora nem todos se conhecessem, tinham algo em comum correndo dentro do seu corpo. E Mia acreditava que era a morte. Não seria fácil, mas Mia conseguiria levantar um homem se fosse necessário... Sem usar as mãos. Algo maior aguardava os cinco, e era seu dever preparar todos para isso.</span></div><div> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Hoje tudo isso havia se concretizado e estava muito pior do que imaginava no início. A princípio, sentiu raiva, ódio e repugnância. Mas todos esses sentimentos haviam se condensado em apenas um: Medo. Havia acontecido muita coisa até aquele momento. Nada mais era como antes, e nem seria novamente. Tudo o que sabiam estava para se concretizar, e suas maiores diferenças estavam para ser expostas ao mundo. Nada fazia sentido, mas não importava. A partir daquele instante, Mia, Demian, Talita, Tom e Juliana fariam apenas o que teriam que fazer. O tempo, as leis da física e dos homens, não seriam mais problemas. Nada mais poderia ser.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não somos um grupo de super-heróis idiotas que combatem o mal. Somos um grupo de </i>sabe Deus o quê<i style="mso-bidi-font-style: normal;">, e no fim, acabaremos todos mortos</i>”. Todos refletiam e sabiam que Mia tinha razão. Mas a razão não dava alternativas. Agora o segundo clã estava onde precisava estar, e faria o que precisaria fazer.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div>Kleberson Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/08624834120436870229noreply@blogger.com0