sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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Prólogo

                A espera finalmente acabou!
                Neste momento, estou aqui para anunciar o lançamento de O legado [Vol. Zero] - O segundo clã.

                Você poderá acompanhar um novo capítulo toda sexta-feira às 17h00. Na parte esquerda do blog, é possível visualizar um box com todos os capítulos já postados, incluindo a sinopse, e o prólogo.

                Bem vindos ao Segundo clã.


               Talvez o fato de estarem todos juntos, não fosse o que realmente precisariam. Talvez tudo até aquele momento, poderia ser completamente em vão. Mas nada disso importava agora. Muita coisa havia acontecido e tudo os levara até ali. Todos já entendiam tudo, ainda que não entendessem nada. Mas também não importava, afinal, nada parecia ser coeso até então.
                — O tempo... — Demian disse, enquanto soltou um curto e sarcástico, mas ao mesmo tempo sério, riso. Todos ouviram, mas ninguém perguntou nada. Não precisavam, todos entendiam o que Demian estava pensando. Todos estavam pensando o mesmo.
                Demian dirigia em alta velocidade. Os motoristas dos carros ao seu redor buzinavam constantemente, irritados com imprudências que ele cometia no decorrer do trajeto. Ele não se importava. Ninguém se importava. Todos mantinham a mesma expressão em suas faces. Talvez, ainda que no fundo de seus corações, acreditassem que nenhum deles existiam, que nada daquilo era real, e que de repente, a qualquer instante, alguém iria acordar no chão gélido de seu quarto, se livrando de um maldito pesadelo. Mas ao mesmo tempo se sentiam ridículos por pensar em todas essas coisas, no ponto em que estavam. Importar-se era a única palavra que não estavam em seus dicionários agora.
                Olhando pelo retrovisor, Demian percebeu que Talita estava olhando para ele. Por alguns segundos seus olhares ficaram fixos um no outro, mas Demian voltou a olhar para frente. Pensou em olhar para ela novamente, porém não havia tempo. Ele acelerou o quanto pode, se livrou de um caminhão que estava à sua frente, e entrou rapidamente à esquerda, fazendo o carro derrapar. Sem se preocupar, diminuiu a marcha, e continuou acelerando. A rua estava livre, pois era uma estrada particular. Era sua casa.
                “Não somos um grupo de super-heróis idiotas que combatem o mal. Somos um grupo de sabe Deus o quê, e no fim, acabaremos todos mortos”. Mia sabia que estava certa, e sabia que essa mesma certeza não lhes dava outra alternativa. O caminho era um só, e Demian, Talita, Tom e Juliana, temiam que Mia estivesse certa apenas até aquele momento.

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